Historia de Ibituba
• Núcleo Colonial "Afonso Pena"
Como que se tivesse havido o desejo de reparar a supressão do distrito de Baixo Guandu, o Presidente Henrique da Silva Coutinho criou a colônia em epígrafe, em 1905, compreendendo esta a área não legitimada do vale do Guandu, até os limites com o Município de Afonso Cláudio e com Minas Gerais. Repartida toda a porção em lotes, estes foram vendidos aos colonos italianos, franceses e espanhóis neles lotados. Foi esta a última leva de italianos deslocada para o Espírito Santo.
O escritório sede da direção do núcleo, em ampla planície na foz do Córrego Cangica, tomou-se um povoado, a que chamaram de Vila Afonso Pena, hoje Ibituba. Muito antes de estar em condições de acolher os futuros ocupantes, foi o núcleo transferido , em 1908, ao Governo Federal. E só em 1910 o "Diário da Manhã" - órgão oficial do Estado - de 26/06/1910, anunciou terem chegado a Vitória 183 imigrantes para a colonização tão anciosamente aguardada.
Acredita-se que o seu reduzido florescimento tenha, resultado de pelo menos três causas: - a má seleção de colonos; - a irregularidade pluviométrica da região, e os rigorosos dias soalheiros, que o europeu nem sempre suporta.
O abandono de algumas glebas pelos imigrantes, prova-o; no entanto, elas iam sendo pouco a pouco cultivadas por outras famílias, que as adquiriram dos primitivos donos ou da União, pagando-as, nesse caso também, em prestações. De qualquer modo, o Núcleo Afonso Pena constituiu a pedra angular do crescimento da zona. Emancipado 41 anos depois, o ex-núcleo colonial retomou ao domínio do Estado.